Videomaker.

A produção de vídeos tem sido uma verdadeira tendência no mercado. Já falamos sobre isso em outros posts por aqui. 

Acontece que uma das dúvidas de quem trabalha com essa produção é saber como precificar o serviço. Seja porque muitas vezes o cliente não compreende a complexidade de produzir o material, ou porque o videomaker não está por dentro dos valores atuais de mercado. No final, definir o custo de produção pode gerar muita dor de cabeça.
É importante ressaltar que tudo vai depender do tipo de trabalho realizado. Ás vezes uma produção precisa de mais recursos que outras. Por isso, vamos listar aqui algumas questões importantes na hora de precificar o tipo de serviço que você oferece.

Custo de equipe

Seja para uma produção mais compacta, que envolve um videomaker, roteirista, diretor, câmera e editor. Ou outras mais amplas, que incluam atores, maquiadores, diretores de fotografia, operadores de som e luz, etc. Ambas devem considerar o custo de cada profissional envolvido, e é sempre importante deixar isso claro para o cliente. A produção de vídeos envolve uma equipe, cujos profissionais têm seu custo individual. Optar por baratear reduzindo profissionais e poupando recursos, pode afetar diretamente na qualidade do produto final. É quando o barato sai caro.

Equipamento utilizado

Um dos pontos que afeta no custo da produção é o equipamento utilizado nas locações. O valor de um vídeo que utiliza um equipamento semi-profissional não deve ser o mesmo de uma produção com equipamentos profissionais. Até porque a qualidade de ambos é bem diferente e vai resultar em um produto com qualidade média ou superior.

Quais os valores?

Para exemplificar o custo, vamos dividir em dois processos principais de produção: técnico/operacional e criativo/base de lucro

Técnico/Operacional corresponde a todas as ferramentas de produção. Quanto melhor os equipamentos, mais caro fica produzir. Os valores devem ser calculados dentro da depreciação anual de 30%, somados a seguro e manutenção dos materiais. Além disso, são inclusos softwares, aluguéis e valor humano. Em geral, para videomakers independentes, esse valor custa R$ 1.500 mensais. Já para produtoras de médio porte, R$ 10.000 mensais.

Já o criativo/base de lucro quantifica o custo de pessoal envolvido na produção. Para isso existem tabelas que explanam o valor de cada profissional. Se formos pensar em uma produção simples, com uma diária, duas câmeras, áudio, edição básica e GC, ficaria disposto conforme a tabela abaixo.

Equipamentos: R$ 500,00 (baseado na depreciação)
Operacional: R$ 1.500 (Baseado em tabela de prestação por hora do profissional/proposta de valor)
Edição: R$ 600,00 (baseado na complexidade e horas de trabalho)

Total: R$ 2.600,00 sem impostos, para um trabalho simples de captação com múltiplas câmeras e edição.

Se adicionarmos elementos:
Câmeras melhores, lebres, estabilizadores: 3.500 só equipamentos
Edição mais elaborada, animações e edição artística: 2.500

Total: 6.000 sem impostos, para uma produção um pouco mais elaborada.

Ou seja, quanto maior a qualidade, maior o custo. É importante sempre valorizar o trabalho que está sendo produzido, bem como os profissionais envolvidos. Lembrem-se! Quando se cobra mais barato por um serviço, só para sair a frente de outros profissionais, se desvaloriza o próprio trabalho.