Se você começa a gravar seus vídeos apertando o botão rec da câmera, você faz parte da esmagadora maioria que começa a fazer vídeos da maneira mais complicada possível.
O vídeo é quase como falar em público, mas o público está dentro da lente da câmera e se espalha em tantos lugares, que talvez nem chegue o saneamento básico, mas que com certeza existe um sinal de internet para se conectar.
Eu acredito fortemente que o medo de falar em público está diretamente ligado a falta de prática e estudo do modelo funcionamento de um vídeo. Você teve aula de português na escola, mas não teve aula de vídeo, o que faz com que você talvez escreva ótimos textões no facebook, mas seja muito inseguro para gravar um vídeo.
Um texto pode ser feito sozinho, uma boa foto em sua maioria das vezes também, mas para se fazer um vídeo sozinho, é preciso se desdobrar em no mínimo 4 (cameraman, audio, produtor e apresentador).
9 etapas para a criação de um vídeo de sucesso
- Busca
O assunto de um vídeo já não sai 100% da cabeça do seu criador faz muito tempo. Hoje em dia, um vídeo para figurar entre os mais vistos ou mesmo para cativar o seu público, deve ser encontrável e principalmente solucionar um problema da audiência. E para isso é de extrema importância que se pense onde começa e como são feitas as buscas para esse conteúdo.
- Roteiro
A estrutura do roteiro mudou. das vinhetas de 50 segundos para os carimbos de logotipo que só “carimbam” a marca na tela, fazendo assim com que a audiência não fique entediada com uma vinheta longa, e se mantenha atenta ao conteúdo.
Claro que isso não vale somente para a vinheta, mas para todo o conteúdo. Um bom roteiro hoje é pensado segundo a segundo, para que o conteúdo seja cirurgicamente incluso para atingir o coração do futuro cliente.
- Produção
Se o conteúdo é bem pensado, o conteúdo visual também. O cenário, vestimenta, acessórios e tudo o que irá aparecer no vídeo deve ser listado e preparado para que não aconteçam surpresas durante a gravação.
- Equipamento
Não é a câmera “de ponta” que vai fazer o melhor vídeo. Se preocupe em escolher a câmera e equipamento que você precisa, de acordo com a filmagem que você vai fazer. Se é uma entrevista, uma DSLR vai bem (como as canon t6i e t5i por exemplo), se é um conteúdo externo de aventura, as implacáveis action cam (gopro, sony actioncam, xiaomi, etc… ) são o tiro certo.
- Gravação
Tempo é dinheiro, e dentro do estúdio é muito mais dinheiro ainda. Equipe, espaço, iluminação. É extremamente importante que você estude o roteiro e chegue pronto para gravar (chamamos isso de chegar “quente” no estúdio).
Agora, gravando em casa ou no escritório, tenha em mente que o barulho externo – como sirenes, chuva, carros pasando ou mesmo uma obra que começou naquele dia – podem atrapalhar muito o áudio do seu vídeo.
- Organização
Com tudo gravado e roteirizado, você precisa ser uma verdadeira Marie Kondo com a organização desse material. São vídeos, áudios, fotos, roteiros e inserts que precisam estar bem organizados em pastas para que você ganhe tempo de produção e finalização.
- Edição
Gosto de dizer que edição é como montar um lego. Você pega o vídeo bruto e com isso vai “quebrando” e montando os pedaços de vídeo de acordo com a sua história. É nesse parte que a gente vai seguir o roteiro e as ideias para ganhar tempo.
É nessa hora também que você vai se arrepender de não ter feito um roteiro direito ou de ter deixado algo errado com a ilusão de que “isso arrumamos na edição depois”.
- Pulverização
Com o vídeo pronto chegou a hora de criar conteúdo multiplataforma em volta desse conteúdo. Dividir, decupar e recriar novas postagens e publicações com base nesse vídeo pronto, é uma ótima pedida para pulverizar esse conteúdo em outras redes sociais.
- Otimização
O YouTube ainda é o rei quando se fala de buscas e indexações. É por isso que dedicamos um bom tempo em otimizar e preparar o vídeo para que ele apareça nas buscas da nossa audiência. Dessa maneira fechamos o ciclo do vídeo, utilizando todo o trabalho que fizemos lá na primeira etapa de pesquisa de buscas e palavras-chave.
Claro que cada um desses pilares ainda conta com mini-processos internos para melhorias do vídeo – desde enquadramento à indexação, e ainda contam com o pós, que é o analytics da ferramenta, para que você entenda se tudo o que você fez está dando o resultado certo ou não.